quarta-feira, 28 de julho de 2010

Defesa de Bruno quer ouvir na Justiça Vagner Love, Adriano e Zico

Nomes foram citados em processo que apura sequestro de Eliza, em 2009.
MP questiona lista da defesa, que inclui ainda a ex-amante desaparecida.

Os advogados do goleiro Bruno, ex-atleta do Flamengo, querem ouvir os jogadores Vagner Love, Adriano e os dirigentes Zico e Patrícia Amorim no processo em que ele é acusado de sequestrar e tentar fazer com que a ex-amante Eliza Samudio abortasse o bebê, em outubro do ano passado.
Agora, o Ministério Público do Rio quer saber qual é o interesse de ouvir essas pessoas para este processo. “Ele não alegou nada. Estou questionando esse rol de testemunhas, que inclui ainda a própria Eliza e o pai”, contou o promotor Eduardo Paes, que acompanha o caso.
Bruno sorri ao deixar juizado, em Contagem 
Bruno sorri ao deixar juizado, em Contagem, MG
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Bruno está preso em Minas Gerais por uma segunda acusação: o sequestro e morte de Eliza Samúdio, que desapareceu no início de junho deste ano. A defesa de Bruno afirma que Eliza está viva.
No último dia 8, a Justiça do Rio pediu a prisão preventiva de Bruno no caso do ano passado e autorizou a quebra do sigilo telefônico do atleta. “Mas esses dados ainda não foram fornecidos pela operadora de telefonia”, afirmou o promotor. Ele conta ainda que a defesa de Bruno pediu a revogação da prisão preventiva, que não tem prazo para terminar.
O G1 entrou em contato com advogado do Flamengo, Michel Assef Filho, que informou que o caso do goleiro está sendo tratado diretamente com a presidência do clube, que não retornou às nossas ligações.

Dívida e atraso de entregas motivaram exoneração nos Correios, diz ministro

Segundo José Artur Filardi, credores reclamam R$ 1,4 bilhão atrasado.
Falta de concurso para 6 mil funcionários contribuiu para desgaste, afirmou.

O ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, disse nesta quarta-feira (28) que a exoneração do presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, anunciada no início desta noite, se deveu principalmente à demora no pagamento de dívidas da empresa com fornecedores.
Segundo o ministro, os credores da empresa reclamam um total de R$ 1,4 bilhão em pagamentos atrasados. Para Filardi, a dívida é menor –cerca de R$ 700 milhões.
Filardi também apontou atrasos na entrega de encomendas, a falta de funcionários e problemas na abertura de licitações para franquias dos Correios como motivos do desgaste de Custódio no cargo. “O governo entendeu que era preciso uma oxigenação”, afirmou o ministro. “Além disso, uma empresa pública precisa de renovação sempre.”
Segundo o ministro, os Correios deveriam ter realizado no ano passado a contratação, por meio de concurso, de 6 mil funcionários, o que não ocorreu.
Filardi afirmou que Custódio só foi informado oficialmente de sua saída do cargo após o término da cerimônia de que participou nesta tarde ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após ser avisado de sua exoneração, Custódio disse que há uma motivação política na sua substituição porque, segundo ele, do ponto de vista operacional, não há questionamento sobre sua gestão.
Novo presidente
Segundo o Ministério das Comunicações, o engenheiro eletricista David José de Matos foi nomeado o novo presidente dos Correios. Matos foi funcionário por 26 anos das Centrais Elétricas do Norte do Brasil e secretário de Infraestrutura e Obras do Distrito Federal entre 2002 e 2004, durante o governo de Joaquim Roriz (PSC).
Entre 2004 e 2007, ele foi presidente da Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF. O último cargo que ocupou foi a secretaria-geral da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap).
Além de Custódio, o diretor de de Gestão de Pessoas da estatal, Pedro Magalhães, também foi exonerado nesta quarta-feira. Em seu lugar, assumirá Nelson Oliveira de Freitas, atualmente diretor do Departamento de Informação de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.
Também foi anunciada nesta quarta a nomeação do novo diretor de Operações da empresa, o coronel-aviador da reserva Eduardo Artur Rodrigues Silva. Ele assume no lugar de Marco Antonio Oliveira, que deixou o cargo no mês passado.