quarta-feira, 21 de julho de 2010

Amigos de filho de atriz afirmam que carros estavam em alta velocidade

Segundo a polícia, jovens prestaram depoimento na noite desta quarta (21).
Rafael Mascarenhas morreu na terça (20) após ser atropelado na Gávea.

Dois amigos de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, que morreu após ser atropelado na terça-feira (20), no Túnel Acústico, na Zona Sul do Rio, afirmaram, em depoimento à polícia na noite desta quarta-feira (21), que os carros estavam em alta velocidade, informou a Polícia Civil. Segundo a 15ª DP (Gávea), um dos jovens acredita que os veículos participavam de um “pega”.

Os jovens estavam com Rafael Mascarenhas no momento do acidente. De acordo com os agentes, um dos amigos do estudante afirmou que não sabia precisar a velocidade dos automóveis. Ele foi ouvido pela polícia por cerca de uma hora.

O outro rapaz foi ouvido em seguida. Segundo a polícia, o rapaz disse que ouviu gritos na outra pista, que estava liberada. O jovem contou, ainda, que os carros atravessaram a pista que estava interditada para manutenção em alta velocidade, e que eles não ouviram som de buzina e nem viram sinais de farol alto. Ele deixou a delegacia após uma hora e meia de depoimento.

A polícia afirmou que Rafael andava de skate no Túnel Acústico, quando foi atingido pelo carro. Na ocasião, o túnel estava interditado para o tráfego de carros. Rafael morreu na manhã desta terça no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul.
O corpo do estudante foi velado nesta quarta, no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária, e deverá ser cremado às 9h desta quinta-feira (22). A confirmação da cremação depende apenas da chegada de Raul Mascarenhas, pai do jovem, da Itália.

PMs são investigados

A delegada a delegada Bárbara Lomba, titular da delegacia, disse que vai apurar com rigor a conduta dos policiais militares que abordaram o motorista que atropelou Rafael. De acordo com Bárbara Lomba, imagens de câmeras de monitoramento do trânsito mostram uma viatura da PM próxima ao carro que atropelou o estudante, na saída do túnel.

Em nota oficial divulgada no início da noite desta quarta, a Polícia Militar informou que o fato do veículo que atropelou Rafael Mascarenhas estar destruído e sem a placa de identificação, “indica que houve erro por parte dos policiais não buscando elucidar o motivo daquelas irregularidades”.
Ainda de acordo com a nota oficial, a “decisão de afastar os policiais militares se deveu ao aprofundamento das investigações da Polícia Civil”. A PM informou, ainda, que a Corregedoria Interna da corporação já investiga os dois policiais do 23º BPM (Leblon), que foram afastados nesta manhã.
Segundo a PM, os dois policiais devem depor ainda nesta semana no Quartel-General da PM, no Centro do Rio. Os policiais ficarão afastados até a "conclusão dos fatos".

O veículo que atropelou Rafael chegou à 15ª DP (Gávea) no início da tarde desta quarta para ser periciado. A frente do Siena está amassada. Agentes da Polícia Civil tiveram que recortar parte do vidro para poder dirigi-lo com segurança até a porta da delegacia.
Cissa Guimarães e filhos velório rafael mascarenhas 
Thomaz Velho, irmão de Rafael, chega ao velório.
Cissa Guimarães e João Velho chegam juntos.
(Foto: Henrique Porto/G1)
Motorista confessa atropelamento
O motorista que confessou ter atropelado
Rafael Mascarenhas foi liberado no fim da noite da terça após prestar depoimento na 15ª DP (Gávea).
Segundo a delegada Bárbara Lomba, titular da delegacia, o motorista será indiciado provavelmente por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ela explicou que o inquérito ainda não foi encerrado e que a polícia investiga se o motorista estava em velocidade acima do permitido.

PM abordou motorista que atropelou filho de Cissa

De acordo com a delegada Bárbara Lomba, durante o depoimento, o motorista contou que foi abordado por policiais militares, ainda na madrugada, minutos após o atropelamento. O estudante de 25 anos revelou à delegada que os PMs revistaram seus documentos e o orientaram a ir à 15ª DP para registrar o caso.

No entanto, o rapaz alegou que preferiu ligar para o pai, que teria pedido que ele só fosse à delegacia mais tarde, e na companhia de um advogado.
Ainda de acordo com o depoimento do motorista, um amigo seu que estaria a bordo de um outro carro, foi quem avisou o atropelamento à Polícia Militar. O amigo, um estudante de 19 anos, teria avisado a policiais que estavam em uma cabine da PM, no Leblon, na Zona Sul.

Jovens não perceberam túnel interditado

Na terça, três jovens que estavam nos dois carros no momento do atropelamento, prestaram depoimento à polícia. Eles são amigos e moradores da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Um outro jovem que estava de carona no carro que atropelou Rafael Mascarenhas é aguardado pelos policiais para prestar depoimento na quarta-feira (21).
Segundo a polícia, os jovens contaram que não viram sinalização que indicasse o túnel fechado. Eles também negaram que estivessem "batendo pega", e disseram estar com a velocidade entre 80 e 90 Km/h. Eles alegaram ainda que prestaram socorro à vítima. Um dos rapazes mostrou aos agentes uma ligação feita em seu celular ao Corpo de Bombeiros, minutos após o acidente.

Imagens mostram Bruno e Macarrão dentro de penitenciária em MG

Goleiro e amigo são suspeitos de envolvimento no sumiço de Eliza Samudio.
Eles conversaram com advogado, nesta quarta.

O goleiro Bruno de Souza e o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, receberam o advogado Ércio Quaresma, que defende os dois, nesta quarta-feira (21), no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG).

Um vídeo gravado do lado de fora da penitenciária mostra Macarrão saindo algemado do pavilhão onde está preso e, depois, virado com o rosto para frente. Em seguida, Bruno também sai. E entra novamente para pegar um documento. De volta, fica algemado ao lado do amigo. Os dois são revistados. Caminham até o pavilhão, onde conversam com o defensor. Quarenta minutos depois, Bruno e Macarrão voltaram para a carceragem.
Quaresma também representa Fernanda Gomes Castro, que seria amante de Bruno. Em depoimento, na terça-feira (20), ela confirmou que cuidou do filho de Eliza na casa de Bruno, no Rio de Janeiro, e esteve em um motel na Região Metropolitana de Belo Horizonte com o atleta. Ela ainda negou conhecer Eliza.
Mas o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, disse à polícia que viu quando Fernanda chegou ao sítio do jogador, em 7 de junho, e cumprimentou Eliza como se a conhecesse.
AudiênciaNa quinta (22), pela primeira vez, o menor que denunciou a morte de Eliza deve ficar frente a frente com outros suspeitos de envolvimento no crime. O jovem será interrogado por um juiz.
No Rio de Janeiro, o homem que tatuou uma homenagem para Bruno, nas costas de Macarrão, confirmou que fez o desenho em 4 de junho. É o mesmo dia em que a polícia afirma que Macarrão e o adolescente teriam encontrado com Eliza Samudio.
Entenda o casoNascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG). Os delegados já consideram Eliza morta.
Em 6 de julho, um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta. Ele disse que viajou do Rio para Minas Gerais com Eliza e Macarrão. De acordo com o adolescente, os três foram para o sítio do goleiro. Depois, seguiram até outro local, onde um homem identificado como Neném estrangulou a jovem.
Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento da jovem, incluindo Bruno, Macarrão e Sales. Todos negam o crime.
No Rio, os dois são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.

Polícia de Minas diz que investigador filmou Bruno em vídeo divulgado na TV

A Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quarta-feira, por meio de nota, que foi um investigador quem filmou as declarações do goleiro Bruno Fernandes, suspeito de participação no suposto assassinato da ex-amante Eliza Samudio. As imagens vazaram e foram divulgadas pelo "Fantástico", da TV Globo, no domingo (18).
O responsável pelo vazamento, porém, não foi identificado ainda.
Segundo a corregedoria, o inquérito que investiga o caso tem 30 dias para ser concluído, quando deverá ser apontado o responsável: um agente da Polícia Civil ou um funcionário administrativo lotado na corporação.
"Outros esclarecimentos técnicos de apuração estão em curso para esclarecimento dos fatos, com a identificação dos responsáveis pelo fornecimento destas imagens a um veículo de comunicação", afirma a nota.
De acordo com a Corregedoria, a máquina fotográfica digital usada na gravação e um computador no qual o vídeo teria sido copiado e armazenado foram encaminhados para perícia --os laudos serão anexados na investigação.
O vídeo foi feito durante o voo em que Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, eram transferidos do Rio para Belo Horizonte. O avião pertence à polícia mineira, e as delegadas Alessandra Wilke e Ana Maria Santos, que chegaram a ser afastadas das investigações, acompanharam os suspeitos.
A corporação afirma que a gravação foi autorizada pela autoridade policial que acompanhava o voo, e que as imagens serviriam "como registro de toda a operação realizada" no Rio. Além das declarações no avião, também foi filmada a participação da polícia mineira nas investigações conduzidas na cidade.
CHOCADO
No vídeo, Bruno diz que ficou chocado com as atitudes tomadas por Macarrão, seu amigo e braço direito, e afirma que não sabia o que havia acontecido com Eliza. Ele disse que se assustou quando viu o filho dela com o amigo, e perguntou o que estava havendo. Segundo ele, Macarrão teria dito que deu dinheiro para Eliza e que ela havia deixado o menino com ele e ido embora.
Como tinha que se apresentar no Flamengo, Bruno, então, teria chamado a ex-mulher, Dayanne de Souza, para ajudá-lo com o bebê. Ele disse que achou que Eliza estaria "armando" alguma coisa novamente. Se referindo às acusações de ter forçado Eliza a ingerir remédios abortivos.
Ele contou que esteve poucos tempo com Eliza e que teria intenção de assumir a criança. "Estive com ela e com uns amigos. Ela ficou comigo e com uns amigos também. Fiquei com ela só uma vez e por quase 20 minutos só. Eu disse que se o filho fosse meu eu assumiria", afirmou.
Na denúncia de agressão registrada por Eliza em outubro do ano passado, porém, ela disse que teve um relacionamento com o goleiro durante três meses, e que Bruno teria forçado a realização de um aborto. O teste do laboratório indicou que Eliza tinha ingerido uma substância abortiva.
Na época, a juíza Ana Paula de Freitas, do 3º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, negou o pedido de proteção pedido por Eliza porque entendeu que não havia vínculo afetivo com o agressor.
Bruno diz que, na época, mandou Macarrão negociar um acordo com Eliza porque não consversava mais com ela e que o acertado seria que ele pagaria uma pensão mensal de R$ 3.500, além do aluguel de um apartamento, totalizando R$ 6.000.
Bruno disse que Macarrão era seu amigo de infância e que tinha plena confiança nele. Bruno disse também que a amizade dos dois era de mais de 18 anos e que Macarrão cuidava de todos os seus negócios, incluive da administração de seus bens, para que ele só se preocupasse com o futebol.
Depois do que aconteceu, Bruno disse que não tem como confiar mais em Macarrão. "Não sei o que deu na cabeça do Macarrão. Hoje, com tudo o que aconteceu, é difícil de acreditar nele" disse o goleiro.

Motorista que atropelou filho de atriz é liberado após depoimento

Segundo a delegada Bárbara Lomba, inquérito ainda não foi encerrado.
Rafael Mascarenhas morreu após ser atropelado no Túnel Acústico.

O motorista que confessou ter atropelado Rafael Mascarenhas, de 18 anos, filho caçula da atriz Cissa Guimarães e do músico Raul Mascarenhas, foi liberado no fim da noite desta terça-feira (20) após prestar depoimento na 15ª DP (Gávea).
Segundo a delegada Bárbara Lomba, titular da delegacia, o motorista será indiciado provavelmente por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ela explicou que o inquérito ainda não foi encerrado e que a polícia investiga se o motorista estava em velocidade acima do permitido.
"Em princípio não se recomenda, não se impõe que se peça a prisão cautelar desse motorista", disse Bárbara Lomba.

A delegada disse, ainda, que vai apurar com rigor a conduta dos policiais militares que abordaram o motorista que atropelou Rafael. De acordo com Bárbara Lomba, imagens de câmeras de monitoramento do trânsito mostram uma viatura da PM próxima ao carro que atropelou o estudante, na saída do Túnel Acústico, na Zona Sul do Rio.
De acordo com a polícia, Rafael Mascarenhas andava de skate no Túnel Acústico, quando foi atingido pelo carro. Na ocasião, o túnel estava interditado para o tráfego de carros. Rafael morreu na manhã desta terça no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul.
PM abordou motorista que atropelou filho de Cissa
De acordo com a delegada Bárbara Lomba, durante o depoimento, o motorista contou que foi abordado por policiais militares, ainda na madrugada, minutos após o atropelamento. O estudante de 25 anos revelou à delegada que os PMs revistaram seus documentos e o orientaram a ir à 15ª DP para registrar o caso.

No entanto, o rapaz alegou que preferiu ligar para o pai, que teria pedido que ele só fosse à delegacia mais tarde, e na companhia de um advogado.
Ainda de acordo com o depoimento do motorista, um amigo seu que estaria a bordo de um outro carro, foi quem avisou o atropelamento à Polícia Militar. O amigo, um estudante de 19 anos, teria avisado à policiais que estavam em uma cabine da PM, no Leblon, na Zona Sul.
Bárbara Lomba explicou que os PMs que abordaram o motorista poderiam tê-lo prendido em flagrante e deveriam ter conduzido o autor até à delegacia, e não liberá-lo como mostram as imagens. A delegada disse, no entanto, que no boletim de ocorrência consta que o motorista fugiu sem prestar socorro.
"As imagens mostram o carro que atropelou o Rafael saindo do Túnel Acústico ao lado de uma viatura da PM. Como pode haver fuga com a PM do lado?", indagou a delegada.
Jovens não perceberam túnel interditado
Nesta terça-feira (20), três jovens que estavam nos dois carros no momento do atropelamento, prestaram depoimento à polícia. Eles são amigos e moradores da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. Um outro jovem que estava de carona no carro que atropelou Rafael Mascarenhas é aguardado pelos policiais para prestar depoimento na quarta-feira (21).
Segundo a polícia, os jovens contaram que não viram sinalização que indicasse o túnel fechado. Eles também negaram que estivessem "batendo pega", e disseram estar com a velocidade entre 80 e 90 Km/h. Eles alegaram ainda que prestaram socorro à vítima. Um dos rapazes mostrou aos agentes uma ligação feita em seu celular ao Corpo de Bombeiros, minutos após o acidente.
A delegada informou que pretende convocar novamente os amigos que estavam com Rafael Mascarenhas para um novo depoimento.
Corpo será cremado
O velório de Rafael Mascarenhas vai acontecer na quarta-feira (21), às 10h, no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária, e o corpo deverá ser cremado às 9h de quinta-feira (22). A confirmação da cremação depende apenas da chegada de Raul Mascarenhas, pai do jovem, da Itália.
A página oficial da atriz no Twitter trouxe uma mensagem de luto pela morte de Rafael Mascarenhas. "Em luto!", diz um post publicado por volta das 13h desta terça (20).