domingo, 6 de dezembro de 2015

Concursos: 11 órgãos abrem prazo para 2,2 mil vagas na segunda-feira

Salário chega a R$ 24.681,60 no Tribunal de Justiça do Amazonas.
Somente na Prefeitura de Uberaba (MG) são 1.213 vagas.

Pelo menos 11 órgãos abrem inscrições de concursos, na segunda-feira (7), que oferecem 2.258 vagas e formação de cadastro de reserva em cargos de todos os níveis de escolaridade.

Na modalidade de formação de cadastro de reserva, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Os salários chegam a R$ 24.681,60 no Tribunal de Justiça do Amazonas. Somente na Prefeitura de Uberaba (MG) são 1.213 vagas.
Câmara Municipal de Serra do Mel (RN)
A Câmara Municipal de Serra do Mel (RN) vai abrir concurso para 12 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 788 a R$ 2.500. Os candidatos podem se inscrever de 7 a 27 de dezembro pelo site www.funvapi.com.br. A prova objetiva será em 24 de janeiro de 2016
Companhia Docas da Bahia
A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) divulgou edital de concurso público para 18 vagas e formação de cadastro de reserva para cargos de níveis médio e superior. Os salários variam de R$ 2.494,51 a R$ 4.845,94. As inscrições devem ser feitas pelo site www.fgv.br/fgvprojetos/concursos/codeba no período de 7 de dezembro a 7 de janeiro de 2016. As provas objetivas estão previstas para o dia 28 de fevereiro de 2016.
Prefeitura de Anápolis (GO)
A Prefeitura de Anápolis (GO) fará concurso para 272 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. As remunerações vão de R$ 912,48 a R$ 4.258,22. Os candidatos podem se inscrever de 7 de dezembro a 7 de janeiro de 2016 pelo site www.funcab.org. A prova objetiva está prevista para o dia 24 de janeiro de 2016.
Prefeitura de Biquinhas (MG)
A Prefeitura de Biquinhas (MG) fará concurso para 54 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. Os salários vão de R$ 660,69 a R$ 1.991,16. As inscrições podem ser feitas pelo site www.rvcon.com.br no período de 7 de dezembro a 6 de janeiro de 2016. A seleção será feita por meio de provas objetiva, de títulos e prática, de acordo com o cargo.
Prefeitura de Curitiba
A Prefeitura de Curitiba vai abrir concurso para 50 vagas de auxiliar de serviços escolares(nível fundamental). O salário é de R$ 1.316,52. As inscrições podem ser feitas entre 7 de dezembro e 8 de janeiro de 2016 pelo site www.nc.ufpr.br. A prova objetiva será aplicada na data provável de 6 de março de 2016.
Prefeitura de Guapó (GO)
A Prefeitura de Guapó (GO) divulgou edital de concurso público para 172 vagas e formação de cadastro de reserva em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 4.872,29. As inscrições podem ser feitas de 7 a 31 de dezembro pelo site www.torresadvogadosassocidados.com.br. O concurso terá validade de 2 anos e poderá ser prorrogado.
Prefeitura de Passa Quatro (MG)
A Prefeitura de Passa Quatro (MG) vai abrir concurso para 148 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. As remunerações vão de R$ 788,00 a R$ 1.691,76. As inscrições podem ser feitas pelo site www.objetivas.com.br de 7 de dezembro a 5 de janeiro de 2016. A prova objetiva está prevista para o dia 31 de janeiro de 2016.
Prefeitura de Perdizes (MG)
A Prefeitura de Perdizes (MG) divulgou edital de concurso para 247 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários vão de R$ 788,00 a R$ 9.273,88. As inscrições podem ser feitas no período de 7 de dezembro a 8 de janeiro de 2016 pelo site www.agoraconsultoria.srv.br. Os candidatos serão avaliados por meio de provas objetiva, dirigida e de títulos, de acordo com o cargo.
Prefeitura de Uberaba (MG)
A Prefeitura de Uberaba (MG) fará processo seletivo para 1.213 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. As remunerações variam de R$ 1.001,80 a R$ 6.862. Os candidatos podem se inscrever de 7 de dezembro a 5 de janeiro pelo site www.gestaodeconcursos.com.br. A prova será aplicada nos dias 23 e 24 de janeiro de 2016.
Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Concurso Público de Lagoa da Prata (MG)
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Concurso Público de Lagoa da Prata (MG) vai abrir concurso para 49 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. As remunerações vão de R$ 900,93 a R$ 2.877,33. As inscrições podem ser feitas de 7 de dezembro a 6 de janeiro de 2016 pelo site www.gestaodeconcursos.com.br. A prova está prevista para o dia 14 de fevereiro de 2016.
Tribunal de Justiça do Amazonas
O Tribunal de Justiça do Amazonas lançou edital do concurso público para 23 vagas de substituto. O salário é de R$ 24.681,60. As inscrições estarão abertas de 7 de dezembro a 5 de janeiro de 2016 pelo site www.cespe.unb.br/concursos/tj_am_15_juiz. A prova objetiva terá duração de 5 horas e será aplicada na data provável de 6 de março de 2016, no período da manhã

sábado, 5 de dezembro de 2015

A atriz Marília Pêra morre no Rio

Atriz tinha 72 anos.
Ela se afastou do trabalho recentemente devido a um desgaste ósseo.

Do G1 Rio
A atriz, cantora e diretora Marília Pêra morreu às 6h deste sábado (5), no Rio, aos 72 anos. A atriz morreu em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ela se tratou recentemente de um desgaste ósseo na região lombar, que a fez se afastar do trabalho por um ano.
Marília era uma das artistas mais completas do Brasil: além de interpretar, era cantora, bailarina, diretora, produtora e coreógrafa. Trabalhou em mais de 50 peças, quase 30 filmes e cerca de 40 novelas, minisséries e programas de televisão. Um dos últimos trabalhos da atriz foi sua participação na série "Pé na Cova', da TV Globo.
Marília Soares Pêra nasceu em 22 de janeiro de 1943, no bairro do Rio Comprido, no Rio. Sua primeira entrada em cena aconteceu quando ainda era bebê, fazendo figuração numa peça, informa seu perfil no Memória Globo. Aos quatro anos de idade, ela atuou com os pais no espetáculo “Medeia”. Sua irmã mais nova, Sandra Pêra, também é atriz e cantora.
Linha do tempo da carreira de Marília Pêra (Foto: Editoria de Arte/G1)
Entre os 14 e os 21 anos, Marília atuou como bailarina em musicais. Quando tinha 18, viajou por Brasil e Portugal com a peça “Society em baby-doll”. Outro destaque foi “Como vencer na vida sem fazer força”, trabalhando ao lado de Procópio Ferreira, Moacyr Franco e Berta Loran.
Em 1965, Marília foi contratada pelo diretor Abdon Torres para integrar o elenco inicial da TV Globo. Nessa época, fez o papel principal das novelas “Rosinha do sobrado”, “Padre Tião” e “A moreninha”.
Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em 1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí, afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982), exibida pela TV Bandeirantes.
O retorno às novelas da Globo aconteceu apenas em “Brega & Chique” (1987). Na pele de Rafaela, fez bastante sucesso por sua parceria com Marco Nanini. Anos depois, Marília diria que essa foi a novela que mais gostou de fazer. Ela voltaria a interpretar Rafaela no remake de “Ti-Ti-Ti” (2011), escrito por Maria Adelaide Amaral.
Entre os trabalhos favoritos na TV, no entanto, Marília escolhia duas minisséries: “O primo Basílio” (1988), em que interpretou a vilã Juliana, e “Os Maias” (2001), em que interpretou Maria Monforte.  Na minissérie “JK", fez a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.
Já na década de 1990, Marília atuou nas novelas “Lua cheia de amor” (1991) e “Meu bem querer” (1998). Outros trabalhos mais recentes foram em “Começar de novo” (2004); “Cobras & Lagartos” (2006), como a falida, mas ambiciosa, Milu; “Duas caras” (2007), como a alienada Gioconda.
Antes de “Pé na cova”, a amizade com Miguel Falabella já havia rendido papéis no seriado “A vida alheia” (2010), no filme “Polaroides urbanos” (2008) e na novela “Aquele beijo” (2011), todos escritos por ele.
Ao longo de uma carreira que durou praticamente toda sua vida, Marília Pêra destacou-se ainda no cinema. Estrelou filmes como “Pixote, a lei do mais fraco” (1980), “Bar Esperança” (1983), “Tieta do agreste” (1995) e “Central do Brasil” (1996) e “O viajante” (1998).
No teatro, ganhou duas vezes o Prêmio Molière: em 1974, por “Apareceu a Margarida”, e em 1984, por “Brincando em cima daquilo”. Como diretora, esteve por trás de uma das peças de maior sucesso do país, Após um período fora da TV Globo, no qual atuou em “Beto Rockfeller” (1968), da TV Tupi, ela foi convidada a voltar por Daniel Filho, em 1971 – viveu Shirley Sexy em “O cafona”, que a tornou ainda mais conhecida. Na sequência, vieram “Bandeira 2” (1971-72) e “Supermanoela” (1974). A partir daí, afastou-se das novelas por oito anos, até aparecer em “O campeão” (1982), exibida pela TV Bandeirantes.
O retorno às novelas da Globo aconteceu apenas em “Brega & Chique” (1987). Na pele de Rafaela, fez bastante sucesso por sua parceria com Marco Nanini. Anos depois, Marília diria que essa foi a novela que mais gostou de fazer. Ela voltaria a interpretar Rafaela no remake de “Ti-Ti-Ti” (2011), escrito por Maria Adelaide Amaral.
Entre os trabalhos favoritos na TV, no entanto, Marília escolhia duas minisséries: “O primo Basílio” (1988), em que interpretou a vilã Juliana, e “Os Maias” (2001), em que interpretou Maria Monforte.  Na minissérie “JK", fez a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.
Já na década de 1990, Marília atuou nas novelas “Lua cheia de amor” (1991) e “Meu bem querer” (1998). Outros trabalhos mais recentes foram em “Começar de novo” (2004); “Cobras & Lagartos” (2006), como a falida, mas ambiciosa, Milu; “Duas caras” (2007), como a alienada Gioconda.
Antes de “Pé na cova”, a amizade com Miguel Falabella já havia rendido papéis no seriado “A vida alheia” (2010), no filme “Polaroides urbanos” (2008) e na novela “Aquele beijo” (2011), todos escritos por ele.
Sucesso também no cinema
A
o longo de uma carreira que durou praticamente toda sua vida, Marília Pêra destacou-se ainda no cinema. Estrelou filmes como “Pixote, a lei do mais fraco” (1980), “Bar Esperança” (1983), “Tieta do agreste” (1995) e “Central do Brasil” (1996) e “O viajante” (1998).
No teatro, ganhou duas vezes o Prêmio Molière: em 1974, por “Apareceu a Margarida”, e em 1984, por “Brincando em cima daquilo”. Como diretora, esteve por trás de uma das peças de maior sucesso do país, “Irma Vap”, que ficou em cartaz por mais de dez anos, com Marco Nanini e Ney Latorraca como protagonistas.
Além disso, nos palcos interpretou Carmen Miranda em diversas ocasiões – “O teu cabelo não nega” (1963), “A pequena notável” (1966), “A tribute to Carmen Miranda” (1975), apresentada em Nova York, “A Pêra da Carmem” (1986 e 1995) e “Marília Pêra canta Carmen Miranda” (2005). Outras estrelas vividas por Marília foram Dalva de Oliveira, no musical “A estrela Dalva” (1987); Maria Callas, na peça “Master Class” (1996) e a estilista “Coco Chanel”, na peça “Mademoiselle Chanel” (2004).
Filho
Marília Pêra deixa um filho, Ricardo, também ator e cantor, de seu primeiro casamento, com o ator Paulo Graça Mello; e duas filhas, Esperança, nascida em 1978, e Nina, em 1980, ambas de seu casamento com o escritor e produtor Nelson Motta. Seu último marido foi o economista Bruno Faria, com quem se casou em 1998.
Marília Pêra é a homenageada da Mocidade Alegre (Foto: Caio Kenji/G1)Marília Pêra recebendo homenagem da Mocidade Alegre 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Aos gritos de ‘Vale, assassina’, protesto reúne cerca de 500 pessoas em Vitória

Crime ambiental em Mariana (MG), privatização, capitalismo, poluição do ar, negligência e omissão do poder público e da mídia corporativa. Aos gritos de “Vale, assassina”, cerca de 500 pessoas marcharam na noite desta segunda-feira (16) entre a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a portaria da mineradora Vale, no final da Praia de Camburi, em Vitória. 
 
O protesto durou mais de duas horas e contou com a participação de estudantes, professores, crianças, famílias, artistas, cicloativistas e militantes de movimentos sociais.


 
Os manifestantes saíram da Ufes com direção ao Bairro República às 18h45, pela ladeira da maternidade Santa Úrsula. Ao atravessarem a avenida Fernando Ferrari, o trânsito foi impedido nos dois sentidos por poucos minutos. Com os olhares voltados para os motoristas, repetiam os gritos de ordem do movimento. 
 
 
“Não, não, não, não foi acidente, a Vale matou rio, matou bicho e matou gente"; Não é mole não, terrorismo no Brasil é a mineração”; “A mídia maquiou, a mídia encobriu, e pouco se falou da tragédia no Brasil”; “O lucro vale mais que a vida, capitalismo, sistema suicida”; “Mineração, privatizada, tragédia anunciada”; “Morre peixe, morre gente, e aSamarco continua negligente”; “Quero a verdade, é surreal, morreu mais gente do que passa no jornal”.
 


No percurso, caixões simbolizavam o enterro do Rio Doce. Havia, também, personagens fantasiados de “morte”. Um carregava os nomes da Samarco e de suas acionistas Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, outros – pai e filhos - usavam a máscara em alusão à poluição do ar. A cena se completava com pessoas carregando cruzes. Em uma delas, as palavras arsênio, ferro e mercúrio, em referência à contaminação da água pelos rejeitos das barragens da Samarco/Vale rompidas em Mariana. 
 
Nos cartazes, mais protestos: “Vale do rio morto”; “lama tóxica”, “A vida era um doce”; “Não foi acidente”; “Quanto Vale a vida?”, “Fora Vale e ArcelorMittal”
 
 
E mais gritos de ordem: “Não deixe o rio morrer, não deixe o rio acabar, o rio estão cheio de lama, a Vale vai ter que pagar”; “Vale inimiga do povo brasileiro, império do dinheiro”; e Treme, treme, treme, vamos devolver a lama, o pó preto e o querosene”; "Se o povo se unir, a Vale vai cair...vai cair, vai cair..."
 
O trajeto seguiu pela Avenida Adalberto Simão Nader até chegar à Avenida DanteMichelini, quando os manifestantes convocaram as pessoas que se exercitavam no calçadão de Camburi a aderirem ao movimento. Muita gente parou para ver o protesto, alguns se juntaram ao ato, buzinas de apoio.



Próximo ao Hotel Canto do Sol, em Camburi, o primeiro momento de tensão. Um motociclista agrediu verbalmente uma mulher do protesto. Ele forçava a passagem entre os manifestantes. O carro da Polícia Militar, que estava ao lado e escoltava o ato desde aUfes, nada fez. A reação veio dos militantes, que formaram um cordão humano e se sentaram ao chão da avenida. 
 
À medida que foi se aproximando da entrada da Vale, os gritos de protestos passaram a ecoar com mais força. Os manifestantes mancharam a placa de “Bem-vindo” de lama, depois a entrada da empresa, em paredes, vidros e teto. Junto com a lama, escreveram palavras de protestos: “Assassina”, “Vale nada” e “Vale da Morte”. Alguns chegaram a pular as catracas, mas logo retornaram. Velas acesas foram colocadas nos canteiros. Cartazes foram fixados. Mais lama.

 
Um cinegrafista da Rede Gazeta, afiliada da Rede Globo, foi expulso do local pelos manifestantes. “Mídia fascista e sensacionalista”... “vai cair, vai cair, A Gazeta vai cair”.
 
Em certo momento, um pequeno grupo se exaltou e quebrou os vidros da entrada da Vale. “Deixa passar, a revolta popular”. A ação foi definida pela Mídia Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) como uma resposta direta "ao assassinato de pessoas, bichos e do sagrado Rio Doce".

 
Na parte interna da empresa, uma fileira de funcionários. Na externa, três carros da PM assistiam, sem qualquer tentativa de intervenção. De longe, porém, filmavam as pessoas.

 

Às 21h30, os manifestantes deixaram a Vale. A polícia seguiu atrás. Era o fim do terceiro ato contra a mineradora no Espírito Santo. Mas não sem antes avisarem: “Se a Vale não pagar, Vitória vai parar”.

PF prende senador Delcídio do Amaral (PT), suspeito de atrapalhar Lava Jato

Esta é a 1ª vez que um senador é preso no exercício do mandato.© Foto: Agência Senado Esta é a 1ª vez que um senador é preso no exercício do mandato.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Polícia Federal a deflagrar uma operação nesta quarta-feira, 25, que levou a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, investigado pela Operação Lava Jato. O parlamentar teria sido flagrado na tentativa de prejudicar as investigações contra ele, em uma tentativa de destruir provas contra ele.
Também foram presos o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, e Diogo Ferreira, chefe de gabinete do Delcidio do Amaral.
Esta é a primeira vez que um senador com mandato em exercício é preso. A PF também fez busca e apreensão no gabinete do petista, no Senado, em Brasília, e nos estados do Rio, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.
A prisão de Delcídio é resultado de uma operação deflagrada hoje pela Polícia Federal, que também tem como alvo empresários. As ações foram autorizadas pelo Supremo. Não se trata de uma fase da Lava Jato tocada em Curitiba, na 1ª instância.
O senador foi preso no hotel Golden Tulip, onde mora em Brasília, mesmo local onde na terça-feira, 24, a PF prende o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Delcídio do Amaral foi citado na delação do lobista Fernando Baiano, apontado pela Lava Jato como operador de propinas no esquema de corrupção instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014. Fernando Baiano disse que Delcídio do Amaral teria recebido US$ 1,5 milhão em espécie na operação de compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
O Estado apurou que pela amanhã que o ministro Teori Zavascki convocou uma reunião extraordinária da Turma dedicada à Lava Jato. A reunião da Corte será reservada, que é algo raro.
De acordo com fonte no tribunal, a sessão foi marcada pelo presidente da Turma, ministro Dias Toffoli, a pedido do ministro Teori Zavascki, relator dos casos relativos ao esquema de corrupção na Petrobrás.
Zavascki informou nesta terça, 24, o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, de que seria realizada sessão na quarta, 25, para debater uma decisão importante. O informe a Lewandowski foi feito pessoalmente pelo relator dos processos da Lava Jato na Corte e não pelo presidente da Turma, ministro Dias Toffoli, a quem cabe usualmente fazer os comunicados institucionais.
O advogado Mauricio Silva Leite, que defende o senador petista, disse que vai primeiro tomar ciência dos motivos da prisão de Delcídio, para depois se manifestar.

Delcídio ofereceu R$ 50 mil mensais para Cerveró não fazer delação, diz PGR

Valor era para Cerveró não fazer delação ou, se fizesse, não citar o senador.
Líder do governo no Senado foi preso pela PF nesta quarta em Brasília.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki informou nesta quarta-feira (25) que a Procuradoria-Geral da República relatou, em documento enviado à corte, que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada ou, se o fizesse, não citar o parlamentar.
Delcídio foi preso na manhã desta quartaem Brasília pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, segundo os investigadores, por estar atrapalhando apurações. Além dele, também foram presos pela PF o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, e o chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira. Há também mandado de prisão do advogado Édson Ribeiro, que defendeu Cerveró. Como ele está nos Estado Unidos, a PF pediu ao STF a inclusão do nome dele no alerta vermelho da Interpol.
Zavascki leu em sessão do tribunal o relatório da PGR que serviu de base aos pedidos de prisão. 
Segundo Zavascki, o relatório da PGR afirma que os valores prometidos a Cerveró seriam repassados à família do ex-diretor da Petrobras por meio de um contrato fictício entre o advogado Edson Ribeiro e o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.
A PGR teve acesso gravações realizadas por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, de duas reuniões recentes – realizadas nos dias 4 e 19 de novembro – com a participação de Delcídio do Amaral e André Esteves.

Segundo a Procuradoria, Delcídio também prometeu a Cerveró influir em julgamentos no STF para ajudá-lo. O senador disse que falaria com o vice-presidente da República, Michel Temer, e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) para influenciar a Corte.
“O presente caso apresenta linha de muito maior gravidade. O parlamentar não está praticando crimes qualquer, está atentando contra a própria jurisdição do Supremo Tribunal Federal”, disse Zavascki.
Em diversos trechos, o relatório da PGR aponta tentativas de Delcídio em “embaraçar as investigações”. Fala em “atuação concreta e intensa” do senador e do banqueiro para evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, “conduta obstrutiva” e “tentativa de interferência política em investigações judiciais”.

Procurada, a assessoria do senador informou que o advogado dele, Maurício Leite, recebeu uma ligação do Delcídio e embarcou de São Paulo para Brasília para acompanhar o caso. OG1 também procurou a Presidência da República, e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.

Por meio de nota, o BTG Pactual disse estar "à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações."

Fuga pelo Paraguai
A Procuradoria citou uma gravação na qual Delcídio discutiu meios de rota para Cerveró deixar o país, em caso de o STF conceder habeas corpus para o ex-diretor da Petrobras.

Na rota prevista por Delcídio, Cerveró iria, primeiro, para o Paraguai e depois viajaria para a Espanha.

Histórico
O líder do governo foi citado na Lava Jato na delação do lobista conhecido como Fernando Baiano. No depoimento, Baiano disse que Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria.

Em outubro, Delcídio havia negado o teor da denúncia de Baiano e disse que a citação a seu nome era "lamentável".

Delcídio  também foi citado em outro contrato da Petrobras, que trata do aluguel de navios-sonda para a estatal. Segundo Baiano, houve um acordo entre Delcídio, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-ministro Silas Rondeau, também filiado ao PMDB, para dividir entre si suborno de US$ 6 milhões.

O líder do governo havia classificado a denúncia de uma "coisa curiosa" que não tem lógica

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Nova previsão aponta para chegada de lama ao ES durante a madrugada

Serviço Geológico do Brasil informou que rejeitos devem chegar terça-feira.
Colatina, Baixo Guandu e Colatina devem ser afetadas pela lama.

Viviane MachadoDo G1 ES, em Colatina
Os rejeitos do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, devem chegar ao Espírito Santo, na madrugada desta terça-feira (10). Uma nova previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) mostra o adiamento da chegada da lama ao estado, que estava prevista para chegar anteriormente na tarde desta segunda-feira (9).
As cidades se preparam para a chegada da lama. Em Linhares, a foz do Rio Doce começou a ser aberta, na manhã desta segunda, no distrito de Regência. Além de Linhares, Baixo Guandu e Colatina vão ser afetados.
De acordo com o CPRM, as mudanças acontecem porque a lama possui velocidades diferentes dependendo das condições que encontra nos diversos trechos do Rio Doce. Nesta segunda-feira, ela deve chegar aos municípios mineiros de Conselheiro Pena, Resplendor e Aimorés.
Em Colatina, os rejeitos têm previsão de chegada ao longo da terça-feira. Já emLinhares, na quarta-feira (11). O monitoramento é feito 24 horas e a estimativa é feita a partir da velocidade da lama.

Assim que os rejeitos chegarem aos municípios capixabas de Baixo Guandu e Colatina o abastecimento de água será interrompido. Representantes do governo do estado e prefeitos dos dois municípios têm realizado reuniões constantes para planejar e executar ações.
De acordo com o secretário estadual de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, João Coser, uma estrutura foi montada para auxiliar os municípios. 
"A nossa equipe está identificando lagoas e rios aqui perto e já temos alguns pontos para captação de água bruta para Colatina e Baixo Guandu. Estamos monitorando estruturas com os caminhões para que essa água chegue até as estações de tratamento. Ao mesmo tempo, a cidade de Linhares ofertou água tratada em uma proporção bastante significativa para cá", afirmou.

Coser ainda explicou que já foram conseguidos cerca de 30 carros-pipa para transportar a água. "Neste momento, nós já temos 16 carros-pipa com condições de buscar água tratada em Linhares e a mesma quantidade para buscar a água bruta em alguns pontos. A água bruta é mais próxima e ela chega na estação e vai ser distribuída por toda a população".
Reunião acontece em Colatina, no Espírito Santo (Foto: Mayara Mello/ TV Gazeta)Reunião em Colatina, no Espírito Santo
(Foto: Mayara Mello/ TV Gazeta)
Colatina
De acordo com o prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski, as equipes que vão realizar o transporte estiveram no local de captação e já acertaram a parte operacional. “Acho que vai ser possível manter entre 20% e 30% do que a gente trata normalmente quando capta no Rio Doce”, disse.

Ainda não há uma previsão do tempo que o município de Colatina vai ter o abastecimento suspenso. “A primeira cidade que passou por isso foi Governador Valadares e nós ainda não sabemos o que aconteceu. Em Ipatinga, onde houve análise, a qualidade da água piorou. Se essa tendência se confirmar, vamos ficar entre 24 e 48 horas com o risco de não tratar”, destacou o prefeito.

O prefeito explicou ainda que o abastecimento no município será interrompido quatro horas antes da chegada dos rejeitos. "Nós vamos torcer para que ela dure o menor tempo possível. Ele vai ser interrompido algumas horas antes. Nós vamos continuar tratando até lá", completou. Oabastecimento de água tratada de Colatina vai ser fornecido pelo município de Linhares.
Defesa Civil retira comunidades ribeirinhas do Rio Doce, no Espírito Santo (Foto: Divulgação/Defesa Civil)Defesa Civil retira comunidades ribeirinhas do Rio Doce, no Espírito Santo (Foto: Divulgação/Defesa Civil)
Baixo Guandu
O prefeito do município de Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo, Neto Barros (PC do B), informou que vai acionar judicialmente a mineradora Samarco, empresa responsável pelas barragens que se romperam em Mariana, Minas Gerais. Barros quer que a empresa seja responsabilizada pelas consequências causadas pelo rompimento.
"A cidade vive um clima ruim. Precisamos responsabilizar a empresa e vamos acioná-los na Justiça para que eles reparem os danos que estão causando. Pescadores profissionais vão ter prejuízo e toda população será afetada", disse o prefeito à Rádio CBN, lembrando também dos danos ambientais causados pela lama.
Foz do Rio Doce, no Espírito Santo (Foto: Kaio Henrique/TV Gazeta)Foz do Rio Doce, no Espírito Santo
(Foto: Kaio Henrique/TV Gazeta)
Aulas suspensas
Por causa das dificuldades no abastecimento de água nos municípios de Baixo Guandu e Colatina, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) suspendeu as aulas em 12 escolas estaduais, a partir desta segunda-feira (9).
Das 16 escolas dos municípios, somente quatro terão as atividades mantidas, pois o abastecimento de água não é realizado pelo Rio Doce. As quatro escolas são: EEEM Rodrigo Cesar Proeschodt e EEEM Maria Helena Stein Merlo, de Baixo Guandu, e ECOR de Colatina e EEEM Antônio Eugênio Rosa, de Colatina.
As escolas municipais de Colatina também estão com aulas suspensas a partir da terça-feira. As faculdades particulares Fundação Castelo Branco e Unesc de Colatina também suspenderam as atividades durante o período de passagem da lama. 

Doação de água
Por conta da suspensão do abastecimento de água em Baixo Guandu e Colatina em decorrência da onda de rejeitos das barragens de Mariana, em Minas Gerais, o governo do Espírito Santo anunciou neste domingo (8) uma campanha de doação de água mineral para auxiliar os moradores das cidades que serão afetadas.

As doações deverão ser feitas a partir desta segunda-feira (9) diretamente no quartel do Corpo de Bombeiros Militar, situado na rua tenente Mário Francisco de Brito, na Enseada do Suá, em Vitória.

As empresas que quiserem ajudar com carros-pipa devem entrar em contato com a Defesa Civil, pelo telefone 9 9904-5736.

Comunidades ribeirinhas
A Defesa Civil realizou, neste domingo (8), uma ação para retirar pescadores, banhistas e moradores das comunidades próximas ao Rio Doce, em Baixo Guandu e Colatina.
Segundo a Defesa Civil, a prioridade é resguardar a população que pode sofrer com o aumento da vazão do Rio Doce. O órgão atua ainda no monitoramento e em ações para a chegada da onda de rejeitos.